domingo, 29 de maio de 2011

O THAU do blog indica: Por amor às cidades

     Por amor às cidades é o blog do Ítalo Stephan, professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Viçosa. Ítalo iniciou seu blog em 2009, e desde então vem discutindo sobre arquitetura e urbanismo, planejamento urbano, patrimônio histórico, futuro das cidades, cidades de pequeno porte, planejamento urbano de Viçosa, artes e ética profissional. O blog possui um arquivo riquíssimo, e vale à pena acompanhar as suas atualizações. O THAU do blog indica!

sábado, 28 de maio de 2011

MIS-RJ

Muitos já tiveram a curiosidade de conferir o projeto ganhador do concurso para o Museu da Imagem e do Som em Copacabana, Rio de Janeiro, feito em 2009. Mas para quem não viu, ainda dá (muito) tempo de se atualizar antes da obra ser concluída! O vencedor do concurso foi o escritório nova-iorquino Diller Scofidio + Renfro




Os arquitetos titulares do escritório são Charles Renfro,  Ricardo Scofidio e Elizabeth Diller (na foto acima, da esquerda para a direita),  todos professores  em conceituadas universidade nos Estado Unidos. Eles contam com importantes projetos e um deles de destaca por ser, à primeira vista, parecido com o projeto apresentado por eles para o concurso. É o projeto ganhador do concurso para o Museum of Art and Technology, em Nova York (na foto abaixo).



Os critérios utilizados para avaliar os projetos foram: inovação e originalidade tecnológica e estética; adequação física e estética ao local; atendimento aos parâmetros estabelecidos no programa funcional; exeqüibilidade do projeto e atendimento aos parâmetros de sustentabilidade, tais como eficiência energética e do uso de água, e acessibilidade universal. 
O projeto vencedor propôs a verticalização do calçadão de Copacabana, com cinco pavimentos abrigando salas de exposição fixas e temporárias, biblioteca, videoteca, café, restaurante, espaço para shows, palestras e até um auditório para projeções no topo do prédio, ao ar livre. Além disso, a edificação também possuirá dois pavimentos no subsolo de estacionamento e salas reservadas para a administração do museu. O concurso foi inicialmente orçado para 44 milhões de reais, mas ficou claro que nenhum dos projetos apresentados teriam esse preço. O orçamento atualizado do projeto vencedor chega a 70 milhões de reais.





A demolição do prédio antigo, no terreno a ser instalado o museu teve inicio em 19 de janeiro de 2010 e já foi concluída, para dar inícios às obras. A inauguração do museu está prevista para o segundo semestre de 2012.


Por Daniela Pereira Almeida

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Fome e Arquitetura



     Há alguns dias, eu estava na fila do R.U. (Restaurante Universitário) conversando com um colega sobre a questão dos alimentos no mundo, e isso me deixou extremamente incomodado.
     É inadmissível que toda a comida desperdiçada só no Brasil seja suficiente para alimentar 25 milhões de pessoas por dia, ou seja, erradicar a fome no país. Mas, mais do que isso, a fome só aumenta com o passar do tempo. Até 2050 a população mundial aumentará em 3 bilhões de pessoas, o que exigiria aumentar uma área cultivável maior do que o Brasil.
     Foi pensando nisso, que arquitetos como Rafael Grinberg Costa começaram a desenvolver projetos de cultivo de hortaliças dentro de prédios, as chamadas fazendas verticais. Costa propôs, em 2009, a criação de fazendas de cultivo baseado na hidroponia nos edifícios São Vito e Mercúrio, localizados no centro da capital paulista. A iniciativa, entretanto, não saiu do papel, a prefeitura não demonstrou interesse e os prédios foram demolidos para a construção de um parque. Para o arquiteto, o primeiro país que implementar uma fazenda vertical estará na vanguarda em relação a esse tipo de produção urbana, livre dos riscos sofridos pela agricultura tradicional.

Projeto de uma fazenda vertical.

     As vantagens das fazendas verticais são bem grandes: o alimento é plantado, transportado e consumido na mesma região, evitando o desperdício; há produção de alimentos durante o ano inteiro; maior produtividade pois a safra estará menos sujeita a problemas climáticos como seca, enchentes ou pragas; pode-se priorizar o cultivo de alimentos orgânicos sem uso de herbicidas, pesticidas ou fertilizantes; eliminação da contaminação do solo por agrotóxicos; reurbanização das áreas com o aproveitamento de espaços abandonados ou degradados; redução dos danos causados pela agricultura ao ambiente; há a opção de reflorestar áreas antes utilizadas pela agricultura convencional; gera emprego urbano; reduz-se o uso de combustíveis fósseis e a emissão de gases poluentes: não são necessários tratores, arados e transporte e além disso, defensores da iniciativa estimam que um edifício de 30 andares poderia alimentar até 10 mil pessoas.
     Apesar do descaso da iniciativa pública, existem pequenos projetos com resultados animadores. Piracicaba, um município com mais de 300 mil moradores no interior paulista, onde a prefeitura oferece isenção parcial de impostos para áreas ocupadas por hortaliças possui mais de 70 hortas urbanas, o que a tornou autossuficiente em hortaliças folhosas, como alface e couve.
     O Professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUCRS, Márcio Rosa D’Avila acredita que as pequenas práticas atuais como as fazendas de janela e os jardins em sacadas, em que as pessoas produzem alimentos nas aberturas dos apartamentos para o consumo individual, são a semente para o debate sobre uma produção em maior escala.
     Talvez a falta da conscientização do poder público e até mesmo das pessoas seja um grande fator que impeça o desenvolvimento de ideias novas como as fazendas verticais – o que não é novidade. Mas se você arquiteto pensa que arquitetura está longe de temas como a fome no mundo, tavez esteja cometendo um grande contrassenso. Devemos nos abrir para questões que não estão cotidianamente ligadas ao nosso trabalho e procurar soluções o quanto antes, afinal, somos nós os profissionais responsáveis pelo conforto das pessoas.

terça-feira, 24 de maio de 2011

Vidas em Blocos - 100 anos de conjuntos habitacionais

     O site do jornal O Globo está com uma seção muito interessante em comemoração aos 100 anos de políticas habitacionais no Brasil. Repleto de fotos e vídeos é uma verdadeira aula de história, arquitetura e política.
     Não deixem de visitar! http://oglobo.globo.com/rio/info/conjuntos-habitacionais/

Olhar sobre o que é nosso

 
    
     O seminário ‘’Olhar sobre o que é nosso. O patrimônio cultural em seus diversos aspectos’’ aconteceu em Juiz de Fora, nos dias 12 e 13 de maio, sob a organização da prefeitura da cidade e da Funalfa, fundação responsável pela política cultural do município.  
     O seminário abordou desde questões conceituais até conceitos jurídicos e legais no que se refere ao patrimônio cultural. 
     O primeiro palestrante, Leonardo Castriota, arquiteto e professor doutor da escola de arquitetura da UFMG iniciou o evento apontando uma questão paradoxal existente nos dias de hoje: ao mesmo tempo em que as cidades tornam-se cada vez mais semelhantes e homogêneas, se aumenta a necessidade e a busca de uma reafirmação da identidade, com a revalorização da língua, das festas culturais típicas de cada região. É a tradição reaparecendo em meio à globalização.
  

São Paulo, Tóquio e Nova York.
Cidades aparentemente semelhantes.
     Castriota contextualizou a política de Patrimônio Cultural: foi após a Revolução Francesa e a destruição da bastilha e de centenas de igrejas, que os bens que antes eram da nobreza e do clero tornaram-se bens do povo. Surge então uma consciência de preservação dos bens nacionais.No Brasil, foi na comemoração dos 100 anos do país que a idéia de preservação da identidade do país começa a nascer. Foi nos anos 20 que Mário de Andrade e Rodrigo Melo Franco sentiram a necessidade de criar uma arte moderna e de valorizar a cultura nacional. Mário de Andrade cria então um programa de valorização do patrimônio cultural. Nos anos 30, no governo de Getúlio Vargas cria-se o IPHAN (Instituto do patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e em 1937 inicia-se a política de tombamento.
     Na parte da tarde, o professor Leonardo Castriota falou sobre as formas de proteção do patrimônio cultural. Citou o tombamento, os livros etnográfico e histórico, o registro cultural (que reconhece os bens imateriais), os inventários e a chancela de paisagem.
     Para falar sobre os aspectos jurídicos nas formas de proteção do patrimônio cultural, foi convidado o promotor da justiça da Comarca de Andrelândia, Dr. Júlio César Crivellari. Ele explicou, a partir do quarto parágrafo do artigo 216 da Constituição Federal, os princípios informadores da proteção do patrimônio cultural, que são: da proteção, da função sócio-cultural da propriedade, da fruição coletiva, da prevenção de danos, da responsabilização, do equilíbrio, da participação popular, da vinculação dos bens culturais, da educação patrimonial, da solidariedade e da cooperação internacional. Os instrumentos de proteção, de acordo com a Constituição, são: inventários, registros, tombamentos (esses podem ser através do IPHAN, do IEPHA ou do Conselho Municipal), desapropriação, gestão documental, ação popular, ação civil pública, inquérito civil público e termo de ajuste de conduta, incentivos e benefícios fiscais e financeiros, legislação urbanísticas, vigilância e fundos municipais, estaduais e federais. O Dr. Júlio César ainda chamou a atenção para o fato de que o tombamento pode ser provisório ou definitivo e que um edifício tombado que for ser vendido deve primeiramente ser oferecido às autoridades.
     Em seguida, Alberto Gawryszewski, professor doutor da Universidade Estadual de Londrina, comparou a lei de proteção do patrimônio cultural de Juiz de Fora com as outras legislações.
      Na sexta-feira, quem iniciou foi a Michele Abreu Arroyo, Titular da Diretoria de Patrimônio Cultural da Prefeitura de Belo Horizonte, que falou sobre as possibilidades de incentivo para os proprietários de imóveis tombados, que são: isenção do IPTU, transferência do direito de construir, incentivo à cultura, utilização compulsória. Falou também sobre a Operação Urbana, que é uma parceria com a iniciativa privada visando à reabilitação de áreas referenciais da cidade. Michele reforçou a importância do órgão de gestão e monitoramento e do inventario do patrimônio cultural.
      Em seguida, Valéria Braga Pena, especialista em Legislação Urbanística e planejamento Urbano, falou mais especificamente sobre a experiência de Belo Horizonte com a transferência do direito de construir (TDC). Esse instrumento jurídico da política cultural está presente no artigo 35 da Lei 10.257/2001 do Estatuto da Cidade.  
      Basicamente a TDC confere ao proprietário de um lote a possibilidade de exercer seu potencial construtivo em outro lote, ou de vendê-lo a outro proprietário.


    
     O cálculo para prever o valor do potencial construtivo a ser vendido ou comprado é simples: a área a ser vendida do lote gerador (do imóvel tombado) multiplicada pelo valor do m² do terreno deve ser igualada à área comprada multiplicada pelo valor do m² do lote receptor.  Normalmente os lotes geradores são mais valorizados, por estarem em áreas centrais, e os lotes receptores menos valorizados por estarem na periferia, isso resulta num aumento da área no lote receptor.


     Valéria deu o exemplo de Belo Horizonte, onde ‘’criou-se’’ uma área de 138.774 m² de solo com a aplicação da TDC. A área subtraída dos imóveis geradores foi de 93.742 m² e a área adicionada aos imóveis receptores foi de 232.521 m².
     O sucesso da TDC deve-se ao aumento da demanda do mercado imobiliário nos anos 90 em conjunto com os limites de potencial construtivo impostos pela lei de ocupação do solo.
     Essa política ainda não foi aplicada em Juiz de Fora, apesar de já existir desde 2001. É relativamente recente e está em fase de experimentação. Existem diversos procedimentos para ambas as partes (geradores e receptores), envolve a prefeitura e a adaptação dos cartórios, que tem que controlar e registrar o que na verdade ainda nem existe,pois o que esta sendo vendido e comprado não é nada material, é na verdade a possibilidade de  construir além do que a lei de ocupação do solo permite.
     Cristóvão Fernandes Duarte, professor doutor da FAU e da UFRJ falou sobre a reabilitação/revitalização de espaços públicos e reforçou a idéia de que a preservação deve estar aliada a colaboração da comunidade.
     Para finalizar, o gerente do Programa de Novas Alternativas da Secretaria Municipal de Habitação do Rio de Janeiro falou sobre a importância da área central do Rio de Janeiro. Falou da possibilidade de se trazer o uso habitacional para o centro da cidade, aumentando assim o comércio e o setor terciário, para revitalizar essa área que entrou em decadência depois que a capital foi transferida para Brasília.
     O seminário foi de grande valia pois abordou muitos aspectos do patrimônio cultural, desde sua importância até as formas de preservá-lo.
    
     Para maiores informações, entre em contato com a gente!
   

Postado por Camila Fonseca Pinheiro








domingo, 22 de maio de 2011

Aquário futurista no Ceará


     Se você está desacreditado com a arquitetura contemporânea no país, pode haver uma luz no fim do túnel. O governo do Ceará está construindo na praia de Iracema em Fortaleza, o maior aquário da América Latina e o terceiro maior do mundo.
     Com linhas orgânicas e aspecto contemporâneo, o projeto do arquiteto cearence Leonardo Fontenele, orçado em 250 milhões de reais, está a todo vapor. Algumas das atrações do empreendimento serão 21 aquários com capacidade de 15 milhões de litros d'água, submarinos-simuladores, túneis submersos, além de cinemas 4-D. As expectativas é que o equipamento aumente o turismo na cidade e a configure como pólo de atrações marinhas no cenário mundial. Veja o vídeo de apresentação feito pelo governo do estado:


Por Vitor Wilson

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Arquiteto convidado a participar do programa Minha Casa Minha Vida

  

  O programa Minha Casa Minha Vida agora contará com participação de um arquiteto. A Presidente Dilma convidou o arquiteto João Filgueiras Lima a pensar nos projetos de construções em encostas.
    Favelas em encostas é um dos muitos problemas do país, e tem tido grande repercussão, principalmente depois da tragédia na região serrana do Rio de Janeiro. Uma das soluções propostas inicialmente para o programa será a utilização de estacas como fundação.
    O projeto foi proposto pelo Instituo Brasileiro de Tecnologia do Habitat, inaugurado em 2009 e presidido pelo próprio João Filgueiras. O Instituto funciona como uma Organização da Sociedade Civil de Interesse público (OSCIP), e pode atuar junto ao pode público.
    João Filgueiras Lima, o Lelé, é um dos arquitetos brasileiros que mais projetou prédios construídos no Brasil. Carioca radicado em Salvador, se formou em 1955 na então Universidade do Brasil, atual UFRJ. Lelé sempre foi um arquiteto envolvido com as questões sociais, preocupado em fazer uma boa arquitetura, porém viável para a realidade econômica do país.
    Seus projetos são norteados principalmente pelo clima e pela pré-fabricação. Desenvolveu inúmeros projetos de obras públicas com utilização de pré-fabricados, que são mais leves, econômicos, rápidos e utilizam mão de obra menos qualificada. Dentre esse projetos se destacam os de hospitais, 10 apenas na rede Sarah Kubitschek. O preço de algumas de suas obras chegava a ser a metade do preço proposto por empreiteiras. Isso se dá não apenas ao uso de pré-fabricados, mas ao seu alto nível de conhecimento sobre medicina e a função e atividades de um hospital.
    Na década de 90, no intuito de prosseguir com o projeto da Rede Sarah Kubitschek, criando hospitais satélites em outras cidades, Lelé ajudou a criar o Centro de Tecnologia da Rede Sarah (CTRS), em Salvador. É uma fábrica de prédios com diversos núcleos de produção: metalurgia pesada, argamassa armada, marcenaria, injeção de plástico e fibra de vidro, equipamentos especiais de uso hospitalar, como macas e camas, dentre outros. O Centro de Tecnologia fornece hoje peças não só para os hospitais da rede, mas também para outras obras como Escolas, Tribunais de Contas e Tribunais Eleitorais em todo o país.
    Esse arquiteto tão experiente e conceituado com certeza terá muito a contribuir com o programa, considerado por muitos insatisfatório.

Por Daniela Pereira Almeida

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Nova York ganha um presente


     A imprensa deu hoje grande destaque ao mais novo prédio de Nova York, o edifício "ondulado" de Frank Gehry. O prédio foi inspirado nas dobras dos tecidos retratados pelos pintores renascentistas como Gian Lorenzo Bernini. A fachada do maior prédio residencial do ocidente, possui um efeito ondulado em cascata pelos seus 76 andares. Nos primeiros andares estão locados uma escola fundamental e um hospital. Os apartamentos possuem por volta de 150 m². O The New York Times chamou a construção de "a maior intervenção na cidade desde o 11 de setembro".
     Veja a reportagem que a BBC Brasil fez sobre o edifício e a história dos arranha-céus em Nova York:

http://www.youtube.com/watch?v=slUaGThOT0g

Por Vitor Wilson

domingo, 15 de maio de 2011

Fotografias 360°

     Visitem o site photojp. Nele encontram-se diversas fotos 360°, que nos permitem fazer visitas virtuais a diversos lugares do mundo, como por exemplo, a Torre Eiffel. Também podemos visitar o interior de igrejas, catedrais e galerias de arte.  

sábado, 14 de maio de 2011

Fundação Biblioteca Nacional

Foto: cesdecorp.wordpress.com/2011/01/03/biblioteca-digital-mundial/

     A Fundação Biblioteca Nacional, que contém o mais rico acervo documental do Brasil, tem a honra de participar da Biblioteca Digital Mundial, uma magnífica iniciativa da Biblioteca do Congresso Americano, que une, através do poder da mais moderna tecnologia, diversas culturas, indo além da Europa e das Américas, para disponibilizar acervos culturais de todas as partes do mundo. Esta parceria representa muito para o nosso país. Internautas de todo o planeta terão acesso a uma grande massa de documentação e estaremos colaborando para esta troca de informações. O fato de eles poderem viajar no fantástico mundo cultural em formato multilíngüe é mais uma prova de que a intenção da World Digital Library é ir mais longe do que se imagina. Uma maravilhosa celebração da existência de todos os povos e etnias. Da diversidade com inclusão e, conseqüentemente, do próprio ser humano.
     A Fundação Biblioteca Nacional, considerada uma das dez maiores do mundo, e também a maior biblioteca da América Latina, é herdeira da Biblioteca Real, ainda do tempo da monarquia portuguesa no Brasil. O legado que estamos expondo agora é a Coleção Thereza Christina Maria. A coleção é composta por 100 mil itens, entre livros, periódicos, mapas, partituras, desenhos, estampas, fotografias e outros documentos impressos e manuscritos. O conjunto de23 mil fotografias era parte da biblioteca particular do imperador Dom Pedro II, último imperador do Brasil. É o maior e mais abrangente acervo de documentos fotográficos brasileiros e estrangeiros do século 19 existente em uma instituição pública do nosso país. O valor cultural desta coleção foi reconhecido internacionalmente quando ela foi inscrita no Registro Internacional da Memória do Mundo da Unesco, em 2003. A Fundação Biblioteca Nacional vai continuar colaborando, situando e disponibilizando o patrimônio cultural do Brasil para a humanidade.
    
     Eis o link: http://www.wdl.org/pt/

terça-feira, 10 de maio de 2011

Vilanova Artigas


João Batista Vilanova Artigas foi um importante arquiteto brasileiro, reconhecido internacionalmente, que deixou um rico legado como professor e projetista. Entre seus muitos projetos destacam-se as várias escolas com conceito de integração, que influenciou e mudou o modo de se pensar em escolas no Brasil.
Artigas nasceu em Curitiba, em 1915. Em 1937 se formou na Escola Politécnica da USP e anos após recebeu uma bolsa de estudos para estudar arquitetura moderna nos estados unidos, onde conheceu vários arquitetos de renome internacional, como Frank Lloyd Wright e Richard Neutra.
Em 1948 Artigas ajudou a fundar a faculdade de arquitetura e urbanismo da universidade de São Paulo, FAU-USP, e em 1962 projetou o novo prédio da FAU (construído em 1969), que acaba servindo de incentivo para a implementação da reforma curricular na faculdade.

Prédio FAU-USP

Entre 1976 e 1978 elabora uma série de projetos de escolas para são Paulo, e onze delas são construídas. Na visão dele, o panorama vivido pelo Brasil no final da década de 50 e início de 60 exigia novas escolas.  Os espaços projetados no prédio participariam do processo de ensino e aprendizado. A produção de conhecimento não viria apenas das salas de aula, mas também das conversas entre estudantes e professores nos espaços “externos”, e o prédio seria como um novo mundo composto por ruas, calçadas, praças.
Prédio FAU-USP
Prédio FAU-USP            

         Suas escolas propõem uma área aberta com cobertura única, delimitando o espaço privado do público, e um grande pátio central (uma praça), onde as atividades coletivas e os eventos são desenvolvidos. O uso de cobertura única foi marcado pelo forte caráter simbólico no conceito de abrigo e pelo avanço técnico acompanhando o aumento das dimensões dos programas arquitetônicos. Esse artifício esteve presente ao longo de praticamente toda a obra de Vilanova Artigas a partir de meados dos anos 1950.
Muitas de suas escolas, implantadas em bairros afastados e sem infra-estrutura acabavam se tornando um ponto central do bairro, graças à arquitetura com engajamento social de Artigas. Um exemplo é a escola Escola Professora Maria de Lourdes Aranha de Assis Pacheco (1987), no bairro de Itaquera, na zona leste da cidade de São Paulo, em que aos fins de semana ficava aberta para que a população pudesse utilizar as quadras e vestiários.

Escola Professora Maria de Lourdes Aranha de Assis Pacheco

  João Batista Vilanova Artigas morre em 1985, vítima de câncer. 

Outros projetos por Artigas:
Escola em Itanhém, São Paulo, 1959.

Escola em Guarulhos, São Paulo, 1960.

Estação Rodoviária em Jaú, 1960

Por Daniela Pereira Almeida

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Daniel Libeskind no Brasil!

Projeto do edifício Vitra, bairro Itaim, São Paulo.

     Pra quem ainda não sabe, o famoso arquiteto polonês, naturalizado americano, pretende entrar no mercado brasileiro. Em novembro do ano passado, Libeskind anunciou a construção do edifício residencial Vitra em São Paulo, seu primeiro trabalho na América Latina, a construção começa em julho deste ano.
     Trata-se de um prédio com 14 apartamentos, com área útil de 565 m² a 1145 m², entre valores que variam de 8 milhões a 15 milhões de reais, onde 12 deles foram vendidos em apenas 5 dias. O empreendimento não deixa de contemplar a prática sustentável, contará com placas solares na cobertura para sistema de aquecimento, reaproveitamento da água pluvial e será controlado por sistemas de gerenciamento inteligentes para otimizar a gestão dos resíduos do canteiro de obras.
     Confira o vídeo com a entrevista de Daniel Libeskind em São Paulo:

Entrevista feita pela revista AU

sábado, 7 de maio de 2011

Ambientes reversíveis

Neste vídeo um arquiteto mostra como criou 24 ambientes em seu pequeno apartamento em Hong Kong.
Muito interessantes as soluções encontradas por ele, mas será que são realmente funcionais? Confiram!


Por Camila Fonseca Pinheiro


quinta-feira, 5 de maio de 2011

Inscrições para o XXV Prêmio Jovem Cientista estão abertas

As inscrições para o XXV Prêmio Jovem Cientista, lançado oficialmente no dia 27 de abril em Brasília, estão abertas desde o dia 2 de maio, dia também em que entrou no ar o site www.jovemcientista.cnpq.br . Os candidatos poderão se inscrever até o dia 31 de agosto pela internet ou pelos Correios. O regulamento completo do prêmio e a ficha de inscrição estão disponíveis no site do prêmio. O tema desta edição, que comemora os 30 anos do prêmio e os 60 anos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que instituiu o projeto, é Cidades Sustentáveis.

Os estudantes de ensino médio podem pesquisar uma das seguintes diretrizes: Ambientes sustentáveis: casa, escola, trabalho, espaços públicos; Planejamento urbano e qualidade de vida; Gestão das águas no meio urbano; Políticas de mobilidade nas cidades; Agricultura urbana; Gestão de resíduos: orgânicos, inorgânicos e perigosos; e Impactos das mudanças climáticas nas cidades.

Já os pesquisadores e estudantes de nível superior poderão inscrever trabalhos relacionados a uma das seguintes linhas de pesquisa: Vulnerabilidade, risco e mudanças climáticas nas cidades; Urbanização, ambiente e gestão das águas urbanas; Produção do espaço urbano e apropriação da natureza relacionada com a questão do solo / água / ventos e dos recursos energéticos; Políticas urbana, ambiental e de saúde relacionadas com a questão do lixo; Planejamento urbano, gestão e conflitos ambientais; Políticas de transporte e de mobilidade nas cidades; Agricultura urbana e cidade sustentável; Implicações socioambientais da legislação urbana; Paisagem urbana e arquitetura sustentável; e Cidades em fronteiras transnacionais e gestão ambiental.
 
O Prêmio

O Prêmio Jovem Cientista é uma iniciativa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em parceria com a Fundação Roberto Marinho, a Gerdau e a General Electric do Brasil (GE). Quatro categorias são premiadas: Graduado, Estudante do Ensino Superior , Estudante do Ensino Médio , e Mérito Institucional . Há ainda uma Menção Honrosa para um pesquisador com título de doutor que tenha se destacado por sua trajetória na área relacionada ao tema do prêmio. Os orientadores das três categorias e as escolas dos três classificados do Ensino Médio são agraciados com laptops, como forma de estimular e reconhecer a cadeia de aprendizagem.

Na categoria Mérito Institucional serão premiadas duas instituições – uma de ensino médio e outra de ensino superior – às quais estiverem vinculados o maior número de trabalhos com mérito científico, desenvolvidos por candidatos inscritos nas categorias Graduado, Estudante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio.

Premiação – Na categoria Graduado, os vencedores são agraciados com R$30 mil (1º lugar); R$20 mil (2º lugar) e R$15 mil (3º lugar). Para Estudantes do Ensino Superior , os valores são de R$15 mil para o 1º lugar, R$12 mil para o 2º lugar e R$10 mil para o 3º lugar. Estudantes do Ensino Médio classificados em 1º, 2º e 3º lugares recebem um Laptop de última geração cada um.

No Mérito Institucional, serão pagos R$35 mil para cada uma das duas instituições – uma de Ensino Médio e uma de Ensino Superior - que tiverem o maior número de trabalhos com mérito científico inscritos. O pesquisador que for indicado para a Menção Honrosa ganhará R$20 mil.

Além da premiação relacionada, todos os premiados recebem bolsas de estudo do CNPq, caso atendam aos critérios normativos do órgão, descritos no site www.cnpq.br/bolsas . Os pesquisadores classificados em primeiro lugar em cada uma das categorias (Graduado, estudante do Ensino Superior e Estudante do Ensino Médio), também participarão de Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 2012.

Por Antônio Agenor Barbosa

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Visita Virtual: Igreja de São Francisco

Foto: Roberto_R_Pereira - 
Panoramio

Se você ainda não conhece, chegou a hora. E se já foi lá, não pode deixar de conferir os mínimos detalhes dessa igreja que pode ser considerada um dos exemplares mais ricos do barroco português. Construída no século XVIII, e localizada no pelourinho, a Igreja de São Francisco pode ser visitada através deste tour virtual. Repare os detalhes em ouro por toda a Igreja, os azulejos portugueses no altar, retratando a trajetória de São Francisco de Assis. Não deixe de conferir o teto, todo em ouro nas naves laterais e pintado na nave central. Vale a pena!!!

Por Camila Fonseca Pinheiro

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